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A missão urbana da Igreja de Antioquia da Síria


A missão urbana da Igreja de Antioquia da Síria

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Introdução
A partir de Atos 13:1 a 28:31 nós encontramos a última narrativa geográfica de Lucas, em seu esforço por demonstrar que Evangelho deveria ser levado à todas a nações. Para isto, Lucas enfatiza a missão da igreja de Antioquia da Síria, e o ministério do Apóstolo Paulo nos principais centros urbanos de sua época. Este artigo focaliza a primeira parte, a missão da igreja de Antioquia da Síria.

Antioquia foi a cidade onde a fundação para a missão mundial foi estabelecida para alcançar os confins da terra. Ela era uma cidade cosmopolitana, a metrópoles da Síria, e depois tornou-se a capital da província Romana na Ásia.
Uma breve preceptiva histórica desta cidade que ela foi fundada por em 300 BC, no rio Orontes, aproximadamente 26 km do Mediterrâneo e cerca 480 km (ao norte) de Jerusalém. Antioquia tornou-se a capital da dinastia dos Seleucidas, cujo nome vem de Antioco I, pai de Seleuco, o qual era general de Alexandre o Grande. Em 64 BC, debaixo da liderança de Pompei, os Romanos chegaram em Antioquia, controlando-a como seu centro administrativo e milita. E em 27 BC ela tornou-se a capital da Síria. Sendo um importante centro comercial e ações militares, Antioquia tornou-se em um influente centro urbano, uma cidade (polis) Helenística. Também, era a terceira cidade do Império Romano, sendo um mosaico de culturas, conhecida como a “primeira cidade do Leste”. DeVries entende que "Antioquia era a segunda somente em relação à Jerusalém como um centro do Cristianismo primitivo” (DeVries 1997:345).
Exceto Jerusalém, a cidade de Antioquia da Síria foi a mais importante cidade da história da igreja primitiva. Através desta igreja de Antioquia da Síria a missão mundial foi estabelecida para alcançar os confins da terra. Por isso se faz necessário olhar seu nascimento, testemunho, liderança, e alcance missionário.
O Nascimento da Igreja
A igreja de Antioquia da Síria nasceu como resultado da grande “tribulação que sobreveio a Estevão, se espalharam até…Antioquia” (At 11:19). Esta igreja é uma filha da perseguição e Estevão tem parte em sua história. Depois do discurso de Estevão, e conseqüentemente sua morte, "levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria” (At 8:1). Nada podia parar e impedir o avanço da palavra de Deus, porque “os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra” (At 8:4).
Quem são “que foram dispersos por causa da tribulação que sobreveio a Estevão”? (At 11:19). Eles eram Judeus cristãos Helenistas, que falavam o grego. A perseguição afetou quase toda a igreja, “exceto os apóstolos” (At 8:1). Muito provavelmente a perseguição afetou mais os Helenistas, os quais foram para a Judéia e Samaria, e as cidades de Azoto, todas as cidades, e Cesárea na costa do Mediterrâneo (At 8:40). Passando “pelas regiões da Judéia e Samaria” (At 8:1), eles finalmente chegaram “até a Fenícia, Chipre e Antioquia” (At 11:19).
Não podemos ignorar esse caráter de perseguição e sofrimento como elementos que produziram e influenciaram o nascimento desta igreja. Qualquer estudioso do crescimento da igreja jamais poderia imaginar que esta perseguição espalharia os cristãos da igreja primitiva não somente à Antioquia da Síria, mas aos confins da terra. “alguns deles, porém, que eram de Chipre e de Cirene, e que foram até Antioquia, falavam também aos gregos, anunciando-lhes o evangelho do Senhor Jesus” (At 11:20). Em seguida veremos que esta igreja, filha da perseguição, possuía líderes cheios de visão missionária. Perseguidos sim, mas não desanimados!
A Liderança da Igreja
Em sendo um cidade muti-étnica, "dividida em Gregos, Sírios, Judeus, Latinos e Africanos" (Bakke 1997:146), a igreja também reflete este caráter em sua liderança. Uma multi-cultural e multi-étnica equipe formava a liderança pastoral desta igreja. Isto mostra-nos a heterogeneidade como uma das marcas distintas da comunidade da fé. "Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres: Barnabé, Simeão por sobrenome Niger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes o tetrarca e Saulo (At 13:1). Barnabé era um levita, de Chipre (At 4:36). Simeão, chamado Niger (Negro) muito provavelmente um prosélito judeu. Lucius era de Cirene, uma cidade Africana. Ele era um Gentio ou um Judeu com nome Romano. Manaém (Confortador) foi criado com Herodes Antipas, o tetrarca da Galiléia. Saul foi um ex-Fariseu e um cidadão Romano. Foi a partir desta variedade de contextos, culturas e raças que a liderança da igreja de Antioquia foi formada.
Não existe dúvida de que o líder mais proeminente desta igreja foi Barnabé, sendo a “ponte ideal entre dois mundos, uma pessoa confiada tanto pelos moradores que falavam o Aramaico em Jerusalém e as pessoas Helenistas de Chipre e Cirene” (Crowe 1997:92). O trabalho missionário nesta cidade teve tanto sucesso que a “notícia…chegou aos ouvidos da igreja em Jerusalém" (At 11:22). Desejando saber o que estava acontecendo, “eles enviaram Barnabé até Antioquia” (At 11:22). Existem três hipóteses relacionadas a Barnabé. Primeira, ele era um Helenista moderado, tendo um relacionamento muito próximo aos apóstolos, o qual não precisou escapar da perseguição de Atos 8:1-3. Segunda, ele era um do grupo que fundou esta igreja. Terceiro, ele era um missionário independente que veio à Antioquia. Se existem dúvidas a respeito desta pessoa, por outro lado não existe nenhuma dúvida quanto ao seu caráter, sendo “um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé” (At 11:24).
Barnabé teve uma importância fundamental na solidificação desta igreja. Sua primeira atitude foi chamar Saulo para juntar-se a equipe, trazendo-o à Antioquia. Sua missão era “reunir a igreja e ensinar numerosa multidão” (At 11:26). Como resultado desse esforço missionário nesta igreja eles tornaram-se os delegados (representantes) oficiais para viajar para todos os lugares, proclamando as boas novas do Senhor Jesus (At 13:2-3).
O Testemunho da Igreja
Infelizmente Lucas não dá-nos uma narrativa detalhada sobre o ministério desta igreja. Se esta igreja foi a primeira igreja que proclamou as boas novas do Senhor Jesus além das fronteiras Judaicas, tornando-se a iniciadora do movimento missionário ao mundo Gentílico, não poderíamos esperar mais detalhes desse tremendo esforço desta igreja, especialmente se aceitarmos que Lucas era proveniente de Antioquia da Síria. Contudo, os poucos detalhes que ele nos deu ajudam-nos ater uma do tipo de igreja que ele estava narrando. O testemunho desta igreja pode ser visto em pelo menos três momentos.

Testemunho para Todos
Esta igreja foi "plantada em Antioquia entre ambos Judeus e Gregos" (Towner 1998:422). Os receptores desta mensagem foram Judeus e Gregos. "Não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos judeus” (At. 11:19) deve ser entendido debaixo de dois conceitos da teologia de missão de Lucas. A frase primeiro aos Judeus, e depois aos Gentios não tem nada a ver com exclusividade, mas prioridade. E também tem a ver com o tema continuidade e descontinuidade da igreja (ou povo) como agente da missão. Lucas entende o papel dos Judeus e da igreja de Jerusalém neste processo (continuidade), mas também entende que o evangelho não esta confinado aos Judeus e a igreja de Jerusalém (descontinuidade). Por isso é que também somos informados por Lucas que “alguns deles, porém, que eram de Chipre e Cirene, e que foram até Antioquia, falavam também aos gregos” (At. 11:20). Anunciavam a mensagem – qual mensagem? A mensagem “do evangelho [boas novas] do Senhor Jesus" (At. 11:20).
Se a igreja existe para ser um agente missionário para levar as boas novas do Senhor Jesus para todos, portanto ela deve proclamar a inclusividade, universalidade cruzando barreiras raciais, sociais, étnicas, culturais, transculturais, buscando os não-alcançados. Este foi o exemplo do testemunho desta igreja, entendendo que a vocação missionária da igreja é para todos!

Testemunho Contextualizado, Centrado na Proclamação do "Senhor Jesus"
Esta é a segunda vez que Lucas usou a expressão "Senhor Jesus" relacionada ao evangelismo em Atos. Lucas usou a mesma expressão antes, porém com significado e aplicação diferente. Esta igreja testemunhou o “evangelho [boas novas] do Senhor Jesus” e “muitos, crendo, se converteram ao Senhor” e “muita gente se uniu ao Senhor” (At 11:20-21, 24). É claro que o conteúdo da mensagem é o mesmo (o evangelho). Porém, eu creio que a expressão Senhor Jesus era a mais contextualizada para as pessoas da cidade de Antioquia da Síria, porque esta igreja estava atingindo um tipo de pessoas (Gregos) que não possuíam um entendimento teológico, como os Judeus. Eis porque, em minha opinião, Lucas não esta falando de conceitos teológicos como o Reino de Deus, Messias, Cristo, o Filho do Homem, o Santo, nomes com significado para a audiência judaica. Ë importante observar que “o termo Senhor possuía diferentes significados no mundo Helenístico, quando, como disse Paulo, há muitos deuses e muitos senhores (1 Co 8:5). Em Antioquia o título Senhor estava em uso corrente pelos pagãos para designar os deuses que eles adoravam tais como Isis e Serapis, e o imperador Romano era aclamado como Senhor no ritual do culto ao imperador” (Crowe 1997:105).
Desta forma, a igreja de Antioquia da Síria, sabendo deste contexto descrito acima a respeito da expressão Senhor, toma proveito para introduzir o evangelho, apresentando Jesus como Senhor Jesus. A tarefa missionária que não leva em consideração o contexto corre o risco de ser ineficaz e indiferente. Por outro lado, a tarefa missionária que se contextualiza sem missão não passa de inculturação. Missão e contexto são inseparáveis. Essa igreja proclamou o evangelho do Senhor Jesus. Jesus é a contextualização do evangelho para todos os povos!

Testemunho Sacrificial e Doador
A igreja de Antioquia não conflitos teológicos entre proclamação e ação social. Ela não proclamou em termos de palavra apenas. Ágabo previu, pelo Espírito, que viria uma severa fome por todo o mundo, isso no período do reinado de Cláudio (At 11:28). Como resultado, “os discípulos, cada conforme as suas posses, resolveram enviar socorro aos irmãos que moravam na Judéia; o que eles, com efeito, fizeram enviando aos presbíteros por intermédio de Barnabé e Saulo” (At 11:29-30).
Muito provavelmente esta igreja conhecia o significa de necessidade. Ela sofreu com a falta de recursos financeiros quando ela estava sendo plantada. Porém agora, já que a igreja mãe estava em necessidade, é a igreja que foi perseguida que se levanta para ajudar. Que alegria para esses presbíteros da igreja de Jerusalém poder perceber pelas mãos de Barnabé e Saulo a oferta dos cristãos Antioquinos! (Ac. 11:30).
Missão e sacrifício parecem ser binômios que não pode ser separado na vida da igreja. Nem todo sacrifício que a igreja faz resulta em missão, mas toda ação missionária implica em sacrifício, quer seja ele financeiro, pessoal, coletivo, emocional, etc. Sem a perspectiva do sacrifício a igreja corre o risco de perder a fé, de ver o além; o além de si mesma e o além das possibilidades. O sacrifício é um dos termômetros mais precisos para mostrar o quanto a igreja esta perto ou longe da práxis de Jesus. O compromisso da igreja com a missão de Jesus esta em proporção direta com sua práxis sacrifical. Esta por sua vez, determinará ou não o quanto ela é uma igreja missionária, encharcada da presença de Jesus.
O Alcance Missionário
A igreja de Antioquia da Síria tinha um enorme senso de missão. Essa igreja entendeu que missão é a razão da sua existência. Ela, uma filha de Jerusalém e da perseguição, tornou-se a mãe de tantas outras igrejas, como resultado do seu esforço de enviar e suportar tantos missionários. Nesta igreja nós vemos não somente seu trabalho missionário, mas também a o trabalho missionário do Espírito Santo. Enquanto eles estavam servindo (adorando) ao Senhor, e jejuando, o Espírito Santo disse, “Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram” (At 13:2-3).
Assim, Antioquia da Síria torna-se a base para os missionários, e não Jerusalém. No regresso dos missionários, e suas viagens, eles retornavam a Antioquia. "E, tendo anunciado a palavra de Deus em Perge, desceram a Atália, e dali navegaram para Antioquia, onde [base] tinham sido recomendados a graça de Deus para a obra que haviam já cumprido. Ali chegados, reunida a igreja, relataram quanto coisas fizera Deus com eles, e como abrira aos gentios a porta da fé. E permaneceram não pouco tempo com os discípulos” (At 14:26-28). Em seguida, no final agora da segunda viagem missionária, Paulo "tendo chegado a “Cesaréia, desembarcou, subindo a Jerusalém e, e tendo saudado a igreja, desceu para Antioquia. Havendo passado ali algum tempo, saiu, atravessando sucessivamente a região da Galácia e Frígia, confirmando todos os discípulos” (At 18:22-23).
Nós podemos aprender com esta igreja que o alcance missionário tem algumas fundações: o Espírito Santo, adoração, jejum e oração, investimento de autoridade e envio.
Espírito Santo e missão são inseparáveis. Mesmo correndo o risco de uma generalização, creio que a igreja missionária é aquele que ouve e se move debaixo da ação do Espírito. Para isto, é necessário que a igreja esteja aberta para as manifestações do Espírito.

Conclusão
Um dos meus professores, no Fuller Theological Seminary, destaca sete características desta igreja, as quais são muito relevantes para a nossa práxis hoje. São elas:
• Ênfase evangelística
• Pastorado Encorajador
• Liderança Plural
• Ensino Profético
• Servir Sacrifical
• Adoração Autêntica
• Missão iniciada pelo Espírito (Hansen 1998a:n.p.).

Estas características nos revelam o quanto a igreja de Antioquia da Síria discerniu sua missão urbana, na realidade do seu contexto cultural e transcultural. Se a igreja de Jerusalém é conhecida como a Igreja Mãe do Cristianismo, por sua vez a igreja de Antioquia da Síria tornou-se conhecida como a Igreja Mãe do Mundo Gentílico, tornando-se um modelo de missão urbana. Foi este modelo que Barnabé e Paulo tinham em mente para plantar outras igrejas nas cidades que eles passaram. Esse mesmo modelo impulsionou Paulo para ser um missionário urbano, focalizando os principais centros urbanos do seu tempo, como: Antioquia da Pisidia (o centro civil e militar da Galácia), Filipos (a colônia e a cidade líder do distrito da Macedônia), Tessalônica, um emergente centro urbano cosmopolitano, Atenas (a cidade cheia de deuses), Corinto (a junção entre Leste e o Oeste), Éfesos (a guardiã do templo da grande Ártemis), Roma (a cidade chefe do império Romano). Não deveria também este modelo impulsionar nossa missão urbana?

Esse artigo é de autoria de Jorge Henrique Barro. Você tem permissão para usar, desde que citada a fonte.

O Dom Inefável de Desus e os Presentes do Homens

Stanley Jones conta de um menino que foi questionado pelo seu professor na época do Natal:
"O que você mais gostaria de ganhar no Natal?" O menino pensou no quadro emoldurado com a foto do seu falecido pai, pensou no pai que ele amava muito. Então ele disse baixinho: "Eu gostaria que meu pai saísse da moldura e estivesse conosco outra vez."
Foi justamente isto que nosso Pai celestial fez no Natal. Ele rompeu as barreiras e veio até nós. Da eternidade inatingível, Ele veio e se tornou nosso Pai em Jesus Cristo. "Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai" (Gl 4.4-6). Na cruz do Calvário, Deus tirou o elemento separador, o pecado: "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus" (2 Co 5.21). Quando Jesus morreu na cruz pelos pecados, o véu no Santo dos Santos do templo foi rasgado. Por isso o acesso a Deus ficou livre! Voltemo-nos, entretanto, para o episódio do Natal observando os magos do Oriente. Deles está escrito: "E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo. Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra" (Mt 2.10-11). Estes homens do Oriente são uma ilustração profética para os muitos gentios que, no decorrer do tempo, – depois do Natal – encontraram o Filho de Deus. Da mesma forma eles apontam para as nações que virão ao Rei dos judeus, a Israel no Milênio (comp. Mt 2.2). No Salmo 72.10-12, o ainda futuro e glorioso reino do Messias é descrito com as seguintes palavras: "Paguem-lhe tributos os reis de Társis e das ilhas; os reis de Sabá e de Sebá lhe ofereçam presentes. E todos os reis se prostrem perante ele; todas as nações o sirvam. Porque ele acode ao necessitado que clama e também ao aflito e ao desvalido". Igualmente em Isaías 60.6: "A multidão de camelos te cobrirá, os dromedários de Midiã e de Efa; todos virão de Sabá; trarão ouro e incenso e publicarão os louvores do Senhor".
Quando os magos do Oriente seguiram a estrela e encontraram a casa em que o Rei dos judeus havia nascido, está escrito: "Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe as suas ofertas: ouro, incenso e mirra" (Mt 2.11). Estes três presentes descrevem de maneira singular o que Jesus Cristo é e o que Ele fez.
Prímeíra oferta: ouro
"Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe as suas ofertas: ouro..." O ouro caracteriza aquilo que Jesus é desde a eternidade: o Rei. Além disso o ouro representa a Sua divindade, Sua perfeição e Sua absoluta pureza. Mas o ouro também nos mostra a finalidade de Sua vinda, isto é, estabelecer o Seu reino divino sobre esta terra. O ouro é mencionado em primeiro lugar porque este é o alvo perfeito e original de Deus.
Nos tempos antigos foi usado muito ouro para o tabernáculo e seus utensílios (comp. Êx 25). Também o traje do sumo sacerdote consistia em grande parte de ouro (comp. Êx 28). Tudo isto aponta para Jesus. Mais tarde foi também usado muito ouro no templo salomônico (1 Cr 22.14). Do mesmo modo, o governo de Salomão é um exemplo do vindouro governo de Jesus Cristo no Milênio. Entre outras coisas, o ouro também caracteriza os bens espirituais que um dia resistirão à prova de fogo diante do tribunal de Cristo (comp. 1 Co 3.11ss).
É um desejo do Senhor que nos tornemos semelhantes a Ele nesta maneira pura e "áurea". Pois um dia reinaremos com Ele como reis e sacerdotes (Ap 1.5-6; 20.6). Por isso o Senhor também se apresenta como um ourives que quer derreter e purificar o ouro (Ml 3.2-3). Os magos lhe renderam homenagem com ouro (Mt 2.2 e 11) porque sabiam quem Ele era. Será que nós também temos tido essa mesma consciência?
Segunda oferta: íncenso
"Prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe as suas ofertas: ouro, incenso..." A palavra hebraica para incenso é derivada das palavras "branco, brilhante". O incenso tem um alto teor de óleos voláteis e propaga um aroma agradável que fica impregnado nas vestes como perfume.
No tabernáculo e mais tarde no templo, o incenso foi usado como aroma agradável diante de Deus e fazia parte da oferta de manjares (Lv 2.1-16), mas no sacrifício pelos pecados era expressamente proibido (Lv 5.11).
O incenso representa espiritualmente o aroma da vida de Cristo. Ele agradou a Deus, pois procurava fazer a vontade de Seu Pai: "...contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua" (Lc 22.42). Por isso Ele foi "...obediente até à morte e morte de cruz" (Fp 2.8). O incenso simboliza a perfeição da vida de Jesus, totalmente sem pecado. Ele, o Filho de Deus, foi o "Cordeiro sem defeito e sem mácula", branco e brilhante, puro e perfeito (comp. 1 Pe 1.19). Em tudo o que Jesus fez e disse, em todos os Seus passos e obras, Ele foi um aroma agradável diante de Seu Pai.
Como cristãos somos chamados a nos tornar semelhantes ao Senhor em obediência e fidelidade, para sermos um "aroma suave de Cristo". Por isso precisamos escutar muito bem o que Ele nos diz em Sua Palavra, para o que somos exortados em Mateus 17.5: "Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi". Por exemplo, podemos proporcionar alegria a Deus:
– exercendo misericórdia: "Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos" (Mt 9.13a).
– vivendo separados do pecado para que não se diga de nós o que foi escrito outrora sobre os israelitas: "Entretanto, Deus não se agradou da maioria deles, razão por que ficaram prostrados no deserto" (1 Co 10.5).
Terceíra oferta: mírra
"Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas; ouro, incenso e mirra." A mirra provém de um arbusto espinhoso de madeira cheirosa. O gosto dela é amargo como fel e dentre outras coisas era usada como anestésico.
Esta erva amarga fala dos sofrimentos de Jesus, cuja vida toda foi um aroma suave diante do Pai, mas que foi perseguido por Herodes ainda como bebê, de modo que seus pais tiveram de fugir com ele para o Egito (Mt 2.13). Mais tarde, os homens de Nazaré, onde ele havia sido criado, quiseram precipitá-lo de cima de um monte (Lc 4.29). E quando Ele curava enfermos e possessos, os fariseus e escribas O perseguiam (por exemplo, Jo 5.16) e até tentaram matá-lO (v. 18). Antes da crucificação deram a Jesus "vinho com mirra, ele, porém, não tomou" (Mc 15.23). Ele se tornou pecado por nós (2 Co 5.21), e carregou "em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados" (1 Pe 2.24) até as últimas conseqüências. Quando esteve pendurado na cruz, consumando a salvação para todo o mundo, Ele sofreu dores atrozes no corpo, na alma e no espírito. E quando José de Arimatéia tirou o corpo de Jesus da cruz em estado deplorável, lemos: "E também Nicodemos, aquele que anteriormente viera ter com Jesus à noite, foi, levando cerca de cem libras de um composto de mirra e aloés. Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com os aromas, como é de uso entre os judeus na preparação para o sepulcro" (Jo 19.39-40). Na sua primeira vinda, Jesus foi como que envolvido por mirra, Ele foi cercado de muitos sofrimentos.
Mas quando a Bíblia fala sobre a segunda vinda de Jesus, a mirra não é citada e somente são mencionados ouro e incenso, por exemplo, em Isaías 60.6: "A multidão de camelos te cobrirá, os dromedários de Midiã e de Efa; todos virão de Sabá; trarão ouro e incenso e publicarão os louvores do Senhor." Por que a mirra não é mencionada aqui? Porque neste texto o profeta Isaías fala sobre a vinda de Cristo em grande poder e glória e a respeito do Seu reino de paz sobre a terra. Então não haverá mais mirra para o Senhor Jesus, e Ele não sofrerá mais. Pois na primeira vez Ele veio como Aquele que carregou os pecados e foi sacrificado uma vez para nos limpar dos pecados. Mas na segunda vez Ele não virá mais como Cordeiro sofredor, e sim aparecerá como o Senhor e Rei para salvação de todos os que esperam por Ele (Hb 9.27-28). (Norbert Lieth)

O Homenzinho da Rua George

O homenzinho da Rua George

Alguma vez você já se perguntou o que resulta da distribuição de folhetos? O relato abaixo, do pastor Dave Smethurst, de Londres, responde essa pergunta:
“É uma história extraordinária a que eu vou contar. Tudo começou há alguns anos em uma Igreja Batista que se reúne no Palácio de Cristal ao Sul de Londres. Estávamos chegando ao final do culto dominical quando um homem se levantou em uma das últimas fileiras de bancos, ergueu sua mão e perguntou: “Pastor, desculpe-me, mas será que eu poderia dar um rápido testemunho?” Olhei para meu relógio e concordei, dizendo: “Você tem três minutos!” O homem logo começou com sua história:
“Mudei-me para cá há pouco tempo. Eu vivia em Sydney, na Austrália. Há alguns meses estive lá visitando alguns parentes e fui passear na rua George. Ela se estende do bairro comercial de Sydney até a área residencial chamada Rock. Um homem baixinho, de aparência um pouco estranha, de cabelos brancos, saiu da entrada de uma loja, entregou-me um folheto e perguntou: ‘Desculpe, mas o senhor é salvo? Se morrer hoje à noite, o senhor irá para o céu?’ – Fiquei perplexo com essas palavras, pois jamais alguém havia me perguntado uma coisa dessas. Agradeci polidamente pelo folheto, mas na viagem de volta para Londres eu me sentia bastante confuso com o episódio. Entrei em contato com um amigo que, graças a Deus, é cristão, e ele me conduziu a Cristo”.
Todos aplaudiram suas palavras e deram-lhe as boas-vindas, pois os batistas gostam de testemunhos desse tipo.
Uma semana depois, voei para Adelaide, no Sul da Austrália. Durante meus três dias de palestras em uma igreja batista local, uma mulher veio se aconselhar comigo. A primeira coisa que fiz foi perguntar sobre sua posição em relação a Jesus Cristo. Ela respondeu:
A rua George, em Sydney.
“Morei em Sydney por algum tempo, e há alguns meses voltei lá para visitar amigos. Estava na rua George fazendo compras quando um homenzinho de aparência curiosa, de cabelos brancos, saiu da entrada de uma loja e veio em minha direção, ofereceu-me um folheto e disse: ‘Desculpe, mas a senhora já é salva? Se morrer hoje, vai para o céu?’ – Essas palavras me deixaram inquieta. De volta a Adelaide, procurei por um pastor de uma igreja batista que ficava perto de minha casa. Depois de conversarmos, ele me conduziu a Cristo. Assim, posso lhe dizer que agora sou crente”.
Eu estava ficando muito admirado. Duas vezes, no prazo de apenas duas semanas, e em lugares tão distantes, eu ouvira o mesmo testemunho. Viajei para mais uma série de palestras na Mount Pleasant Church em Perth, no Oeste da Austrália. Quando concluí meu trabalho na cidade, um ancião da igreja me convidou para almoçar. Aproveitando a oportunidade, perguntei como ele tinha se tornado cristão. Ele explicou:
“Aos quinze anos vim a esta igreja, mas não tinha um relacionamento real com Jesus. Eu simplesmente participava das atividades, como todo mundo. Devido à minha capacidade para negócios e meu sucesso financeiro, minha influência na igreja foi aumentando. Há três anos fiz uma viagem de negócios a Sydney. Um homem pequeno, de aparência estranha, saiu da entrada de uma loja e me entregou um panfleto religioso – propaganda barata – e me fez a pergunta: ‘Desculpe, mas o senhor é salvo? Se morrer hoje, o senhor vai para o céu?’ – Tentei explicar-lhe que eu era ancião de uma igreja batista, mas ele nem quis me ouvir. Durante todo o caminho de volta para casa, de Sydney a Perth, eu fervia de raiva. Esperando contar com a simpatia do meu pastor, contei-lhe a estranha história. Mas ele não concordou comigo de forma alguma. Há anos ele vinha me incomodando e dizendo que eu não tinha um relacionamento pessoal com Jesus, e tinha razão. Foi assim que, há três anos, meu pastor me conduziu a Cristo”.
Voei de volta para Londres e logo depois falei na Assembléia Keswick no Lake-District. Lá relatei esses três testemunhos singulares. No final da série de conferências, quatro pastores idosos vieram à frente e contaram que eles também foram salvos, há 25-30 anos atrás, pela mesma pergunta e por um folheto entregue na rua George em Sydney, na Austrália.
Na semana seguinte viajei para uma igreja semelhante à de Keswick e falei a missionários no Caribe. Também lá contei os mesmos testemunhos. No final da minha palestra, três missionários vieram à frente e explicaram que há 15-25 anos atrás eles igualmente haviam sido salvos pela pergunta e pelo folheto do homenzinho da rua George na distante Austrália.
Minha próxima série de palestras me conduziu a Atlanta, na Geórgia (EUA). Fui até lá para falar num encontro de capelães da Marinha. Por três dias fiz palestras a mais de mil capelães de navios. No final, o capelão-mor me convidou para uma refeição. Aproveitando a oportunidade, perguntei como ele havia se tornado cristão.
“Foi um milagre. Eu era marinheiro em um navio de guerra no Pacífico Sul e vivia uma vida desprezível. Fazíamos manobras de treinamento naquela região e renovávamos nossos estoques de suprimentos no porto de Sydney. Ficamos totalmente largados. Em certa ocasião eu estava completamente embriagado e peguei o ônibus errado. Desci na rua George. Ao saltar do ônibus pensei que estava vendo um fantasma quando um homem apareceu na minha frente com um folheto na mão e perguntando: ‘Marinheiro, você está salvo? Se morrer hoje à noite, você vai para o céu?’ – O temor de Deus tomou conta de mim imediatamente. Fiquei sóbrio de repente, corri de volta para o navio e fui procurar o capelão. Ele me levou a Cristo. Com sua orientação, logo comecei a me preparar para o ministério. Hoje tenho a responsabilidade sobre mais de mil capelães da Marinha, que procuram ganhar almas para Cristo”.
“Desculpe, mas você é salvo? Se morrer hoje, vai para o céu?”
Seis meses depois, viajei a uma conferência reunindo mais de cinco mil missionários no Nordeste da Índia. No final, o diretor da missão me levou para comer uma refeição simples em sua humilde e pequena casa. Também perguntei a ele como tinha deixado de ser hindu para tornar-se cristão.
“Cresci numa posição muito privilegiada. Viajei pelo mundo como representante diplomático da Índia. Sou muito feliz pelo perdão dos meus pecados, lavados pelo sangue de Cristo. Ficaria muito envergonhado se descobrissem tudo o que aprontei naquela época. Por um tempo, o serviço diplomático me conduziu a Sydney. Lá fiz algumas compras e estava levando pacotes com brinquedos e roupas para meus filhos. Eu descia a rua George quando um senhor bem-educado, grisalho e baixinho chegou perto de mim, entregou-me um folheto e me fez uma pergunta muito pessoal: ‘Desculpe-me, mas o senhor é salvo? Se morrer hoje, vai para o céu?’ – Agradeci na hora, mas fiquei remoendo esse assunto dentro de mim. De volta a minha cidade, fui procurar um sacerdote hindu. Ele não conseguiu me ajudar mas me aconselhou a satisfazer minha curiosidade junto a um missionário na Missão que ficava no fim da rua. Foi um bom conselho, pois nesse dia o missionário me conduziu a Cristo. Larguei o hinduísmo imediatamente e comecei a me preparar para o trabalho missionário. Saí do serviço diplomático e hoje, pela graça de Deus, tenho responsabilidade sobre todos esses missionários, que juntos já conduziram mais de 100.000 pessoas a Cristo”.
Oito meses depois, fui pregar em Sydney. Perguntei ao pastor batista que me convidara se ele conhecia um homem pequeno, de cabelos brancos, que costumava distribuir folhetos na rua George. Ele confirmou: “Sim, eu o conheço, seu nome é Mr. Genor, mas não creio que ele ainda faça esse trabalho, pois já está bem velho e fraco”. Dois dias depois fomos procurar por ele em sua pequena moradia. Batemos na porta, e um homenzinho pequeno, frágil e muito idoso nos saudou. Mr. Genor pediu que entrássemos e preparou um chá para nós. Ele estava tão debilitado e suas mãos tremiam tanto que continuamente derramava chá no pires. Contei-lhe todos os testemunhos que ouvira a seu respeito nos últimos três anos. As lágrimas começaram a rolar pela sua face, e então ele nos relatou sua história:
“Eu era marinheiro em um navio de guerra australiano. Vivia uma vida condenável. Durante uma crise entrei em colapso. Um dos meus colegas marinheiros, que eu havia incomodado muito, não me deixou sozinho nessa hora e ajudou a me levantar. Conduziu-me a Cristo, e minha vida mudou radicalmente de um dia para outro. Fiquei tão grato a Deus que prometi dar um testemunho simples de Jesus a pelo menos dez pessoas por dia. Quando Deus restaurou minhas forças, comecei a colocar meu plano em prática. Muitas vezes ficava doente e não conseguia cumprir minha promessa, mas assim que eu melhorava recuperava o tempo perdido. Depois que me aposentei, escolhi para meu propósito um lugar na rua George, onde centenas de pessoas cruzavam meu caminho diariamente. Algumas vezes as pessoas rejeitavam minha oferta, mas também havia as que recebiam meus folhetos com educação. Há quarenta anos faço isso, mas até o dia de hoje não tinha ouvido falar de ninguém que tivesse se voltado para Jesus através do meu trabalho”.
Aqui vemos o que é verdadeira dedicação: demonstrar amor e gratidão a Jesus por quarenta anos sem saber de qualquer resultado positivo. Esse homem simples, pequeno e sem dons especiais deu testemunho de sua fé para mais de 150.000 pessoas. Penso que os frutos do trabalho de Mr. Genor que Deus mostrou ao pastor londrino sejam apenas uma fração da ponta do iceberg.
O céu conhece Mr. Genor, e podemos imaginar vividamente a maravilhosa recepção que ele teve quando entrou por suas portas.
Só Deus sabe quantas pessoas mais foram ganhas para Cristo através desses folhetos e das palavras desse homem. Mr. Genor, que realizou um enorme trabalho nos campos missionários, faleceu duas semanas depois de nossa visita. Você pode imaginar o galardão que o esperava no céu? Duvido que sua foto tenha aparecido alguma vez em alguma revista cristã. Também duvido que alguém tenha visto uma reportagem ilustrada a seu respeito. Ninguém, a não ser um pequeno grupo de batistas de Sydney, conhecia Mr. Genor, mas eu asseguro que no céu seu nome é muito conhecido. O céu conhece Mr. Genor, e podemos imaginar vividamente a maravilhosa recepção que ele teve quando entrou por suas portas. (extraído de Worldmissions – redação final: Werner Gitt)

Vale a Pena!

“Disse-lhe o Senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.21).
Existem muitas organizações que trabalham com literatura cristã. Inúmeros irmãos fazem uso de folhetos, livros, fitas e revistas para divulgar o Evangelho, mas geralmente não vêem o resultado de suas atividades missionárias. Isso pode causar desânimo, e certamente muitos distribuidores de folhetos já se perguntaram: “Será que vale a pena?”
Com freqüência ficamos sabendo de pessoas que se converteram através de um folheto ou de um livro, ou que foram fortalecidas na fé por meio da literatura. Mesmo que jamais saibamos dos resultados de nossa semeadura, eles são prometidos pelo Senhor (veja Is 55.11). Além disso, um obreiro na “seara do Senhor” não é avaliado pelo número de pessoas que se convertem pelo seu trabalho mas por sua fidelidade no trabalho cristão. Também devemos ter sempre em mente que nós não convertemos ninguém. Só Deus é que pode tocar os corações, despertar as consciências e, pelo Espírito Santo, conduzir uma pessoa à fé em Jesus Cristo. O exemplo citado mostra que Ele faz isso em nossos dias e que pode agir através de muito ou de pouco. Que este testemunho anime os distribuidores de folhetos a continuarem semeando com perseverança a boa semente, que certamente dará frutos a seu tempo. (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br/).

Os Fatos Sobre HALLOWEEN

No dia 31 de outubro muitas pessoas irão participar de festas de "Halloween", popularmente chamado de "Dia das Bruxas" no Brasil. Mas essa festa aparentemente inocente tem estreita ligação com práticas ocultistas, mesmo que muitos não percebam isso.
Sua origem data de tempos antigos, quando os druidas (magos de origem celta) realizavam cerimônias de adoração ao "deus da morte" ou ao"senhor da morte" em 31 de outubro. Isso acontecia na cerimônia "Samhain" durante o festival de inverno, na qual eram oferecidos sacrifícios humanos. Essa prática ancestral foi sofrendo alterações com o passar do tempo. A Igreja Católica posteriormente tentou cristianizar o "Samhain ", declarando o1º de novembro como o Dia de Todos os Santos e o 2 de novembro com o Dia de Finados, sendo que em ambas as datas os mortos eram lembrados.
Nos Estados Unidos essa festa é muito comum e tem forte apelo comercial, sendo também tema de vários filmes de horror. A imagem de crianças vestidas com fantasias "engraçadinhas" de bruxas, fantasmas e duendes, pedindo por doces e dizendo "gostosuras ou travessuras". Há algum tempo, o Brasil tem se deixado influenciar por muitos aspectos que não fazem parte de sua cultura e tem celebrado essa festa em escolas, clubes e até em shopping centers.
Diante dessa realidade, devemos nos questionar: Halloween está relacionado às práticas ocultistas modernas?
Mesmo que hoje em dia Halloween seja comemorado de uma maneira inocente por muitos jovens, ele é levado a sério pela maioria das bruxas, membros do movimento neo-pagão e ocultistas em geral. Antes de continuarmos, devemos destacar que a associação histórica e contemporânea do Halloween com o ocultismo causaram uma espécie de "efeito híbrido" na maior parte da sociedade, de modo que a comemoração do Halloween não é, necessariamente, uma prática totalmente inocente. Ao ler vários relatos sobre o Halloween, pode-se ficar impressionado com o grande número de práticas de superstições e de adivinhação envolvidas com ele. Algumas das superstições e todas as práticas estão relacionadas com o ocultismo.
A origem do Halloween data de tempos antigos, quando os druidas (magos de origem celta) realizavam cerimônias de adoração ao "deus da morte" ou ao"senhor da morte" em 31 de outubro.
É preocupante o quanto as superstições podem controlar ou dirigir a vida de uma pessoa de maneiras terríveis. Mais ainda, as verdadeiras práticas de adivinhação sempre trazem conseqüências. Na verdade, desde as décadas finais do século dezenove, o Halloween tem sido lembrado como um período "para se usar amuletos, lançar maldições e se fazer adivinhações"[1]. Como já dissemos, isso está relacionado aos antigos druidas, pois o "Samhain" marcava o início de ano novo, o que resultou num interesse em adivinhações e previsões sobre o que o próximo ano traria.
No Halloween se cria (e ainda á assim em certos lugares) que seguir um ritual em particular pode fazer com que a imagem do seu futuro cônjuge apareça atrás de você: "Muitas crenças surgiram sobre como invocar a imagem do futuro esposo ou esposa de alguém. As garotas criam que caso alguém ficasse diante do espelho, comendo uma maçã, à meia-noite, a imagem de seu futuro esposo apareceria de repente diante dela. Se nenhuma imagem aparecesse, isso significava que a garota ficaria solteirona".
No sul dos Estados Unidos há um costume baseado na crença dos druidas de que o desespero de uma vítima de sacrifício humano podia revelar previsões para o futuro. "Punha-se fogo numa tigela com álcool, e atirava-se no fogo ‘oferendas’ tais como figos, cascas de laranja, passas, castanhas e tâmaras envoltas em papel alumínio. A garota que tirasse a melhor das oferendas do meio do fogo iria conhecer seu futuro esposo dentro de um ano".[3]
A preocupação com tais atividades pode ser vista na seguinte declaração do Livro Americano dos Dias (American Book of Days): "Vários meios de adivinhação do futuro eram usados no Halloween e os resultados eram aceitos com toda seriedade"[4]. Em outras palavras, quando estamos lidando com tentativas sérias de adivinhar o futuro – seja em relação ao futuro em geral, ao futuro cônjuge, ou sobre a vida e a morte - as conseqüências na vida das pessoas podem ser muito maiores do que simples brincadeiras.
Hoje em dia outras práticas ocultistas estão presentes no Halloween. Em New Orleans o "Museu do Vodu apresenta normalmente um ritual de Halloween no qual as pessoas podem ver rituais de vodu reais"[5]. Na cidade de Salem, estado de Massachusetts, um festival de Halloween acontece de 13 a 31 de outubro incluindo uma mostra de parapsicologia.[6]
Na bruxaria moderna o Halloween também é considerado uma noite especial.
Na bruxaria moderna o Halloween também é considerado uma noite especial. Um livro conhecido sobre o movimento neo-pagão relata o seguinte sobre esses dias importantes de celebração da bruxaria: "As grandes cerimônias de sabbat são: o ‘Samhain’ (Halloween), o Ano-Novo celta (nesses dias acredita-se que os portais entre os mundos estão enfraquecidos, e então ocorrem contatos com os ancestrais), ‘Oimelc’ (1º de fevereiro, festival da purificação de inverno)... ‘Beltane’ (1º de maio, o grande festival da fertilidade)... diferentes linhas da bruxaria... tratam esses festivais de maneiras diversas. Mas quase todas as linhas celebram pelo menos o ‘Semhain’ e o ‘Beltane’"[7]. Algumas bruxas tiram o dia de folga de seu trabalho para comemorarem essa data especial para elas, enquanto outras chegaram a tentar o fechamento das escolas para a comemoração desse grande sabbat.
Muitos grupos satânicos também consideram o Halloween uma noite especial, em parte porque ele "tornou-se o único dia do ano em que se acredita que o diabo possa ser invocado para revelar os futuros casamentos, problemas de saúde, morte, colheitas e o que acontecerá no próximo ano"[8]. Na verdade a bruxaria e o satanismo têm certas semelhanças[9]. Mesmo que sejam coisas distintas, e mesmo que se dê legitimidade às declarações do movimento neo-pagão que desdenha o satanismo, devemos lembrar o claro ensino bíblico de que o diabo é a fonte de poder por trás da bruxaria e de todas as formas de ocultismo[10]. A ex-bruxa Doreen Irvine declara: "a bruxaria negra não está distante do satanismo... Praticantes da bruxaria negra têm um grande poder e não devem ser subestimados... Eles podem até exumar covas recentes e oferecer os corpos em sacrifício à Satanás".[11]
Além disso tudo, o costume de pedir balas e doces fantasiados de bruxas, vampiros, fantasmas, etc., que é comum nessa festa, está relacionado com os espíritos dos mortos na tradição pagã e até católica. Por exemplo, para os antigos druidas "os espíritos que se acreditava andarem de casa em casa eram recepcionados com uma mesa farta para um banquete. No final da refeição, os habitantes da cidade fantasiados e com máscaras representando as almas dos mortos iam em procissão até os limites da cidade para guiar os fantasmas para fora".[12] As máscaras e fantasias usadas no Halloween podem ser relacionadas também com a tentativa de certas pessoas de se esconderem para não serem vistas participando de cerimônias pagãs ou ,como no xamanismo e em outras formas de animismo, mudar a identidade de quem as usa para que possa se comunicar com o mundo espiritual. As fantasias podem ser usadas também para afugentar espíritos maus.
Depois de fazermos essas considerações sobre o assunto, tendo em vista que o Halloween está associado a práticas de bruxaria e ocultismo, devemos analisar qual deve ser nossa atitude em relação a essa festa, que mesmo sendo vista secularmente como um passatempo tem implicações sérias.
Devemos nos perguntar: Que princípios bíblicos devem ser usados para discernir esse assunto?
As Escrituras nos dizem que o homem espiritual julga todas as coisas e que no futuro irá também julgar os anjos. Então somos competentes o suficiente para julgar assuntos triviais agora (1 Coríntios 2,15; 6.3). Se julgarmos todas as coisas e retermos o que é bom, abstendo-nos de toda forma de mal, estaremos cumprindo com nossa obrigação (1 Tessalonicenses 5.21,22). Então vamos examinar esse assunto para chegarmos a uma posição bíblica sobre o Halloween.
Se na celebração de Halloween existem atividades envolvendo práticas genuinamente ocultistas, as Escrituras são claras em afirmar que devem ser evitadas. Tanto o Antigo como o Novo Testamento fazem referência às práticas de bruxaria, encantamentos, espiritismo, contatos com os mortos, adivinhações e assim por diante – e todas essas coisas estão potencialmente ligadas ao Halloween.
Se na celebração de Halloween existem atividades envolvendo práticas genuinamente ocultistas, as Escrituras são claras em afirmar que devem ser evitadas.
"Não vos voltareis para os necromantes, nem para os adivinhos; não os procureis para serdes contaminados por eles. Eu sou o SENHOR, vosso Deus" (Levítico 19.31).
"Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; ... Porque estas nações que hás de possuir ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o SENHOR, teu Deus, não permitiu tal coisa" (Deuteronômio 18.10,11,14) .
"[Rei Manassés de Judá] queimou seus filhos como oferta no vale do filho de Hinom, adivinhava pelas nuvens, era agoureiro, praticava feitiçarias, tratava com necromantes e feiticeiros e prosseguiu em fazer o que era mau perante o SENHOR, para o provocar à ira" (2 Crônicas 33.6).
Em nenhum lugar na Bíblia vemos essas coisas como sendo aceitáveis diante de Deus. À luz desses versículos, ninguém pode argumentar logicamente que a Bíblia apóia tais práticas. (John Ankerberg e John Weldon - http://www.chamada.com.br)
Notas
1.    Becky Stevens Cordello, Celebrations (Butterick Publishing, 1977) p.112.
2.    Joseph Gaer, Holidays Around the World (Boston: Little Brown & Co, 1955) pp. 155-156.
3.    George William Douglas, The American Book of Days p.543
4.    Douglas p.539
5.    Sue Ellen Thompson and Barbara W. Carlson, Holidays, Festivals and celebrations of the World Dictionary (Detroit, MI: Omnigraphics Inc, 1994) p.132
6.    Jennifer DeCoursey "Monster Events for Marketers" Advertising Age, Oct, 16, 1995, pp.1,40., p.41
7.    Margot Adler, Drawing Down the Moon: Witches, Druids, Goddess-worshipers and other Pagans in America Today (New York: The Viking Press, 1979) P.108.
8.    Father Andy Costello, "Sin is a Boomerang" U.S. Catholic, Nov 1992, p.38
9.    A ênfase é divergente, das bruxas na natureza e do satanismo em Satanás, existem também certas diferenças nos rituais, etc. Essas divergências não podem ofuscar as semelhanças quanto ao poder, desenvolvimento parapsicológico, visão anti-cristã do mundo, uso de espíritos, uso do mal, e assim por diante.
10.  Qualquer estudo bíblico sério sobre demonologia revelará que Satanás é o poder por trás das falsas religiões, da bruxaria, da idolatria e do ocultismo.
11.  Doreen Irvine, Freed from Witchcraft (Nashville: Thomas Nelson, 1973) pp. 94-95.
12.  Robert J. Myers Celebrations: The Complete Book of American Holidays (Garden city, new York: Doubleday & Co. 1972, p.259